Como os tipos de pisada influenciam na marcha e na corrida?

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Antes de qualquer coisa pessoal como fizemos na ultima postagem vamos recapitular a anatomia e a biomecânica do seguimento que iremos nos aprofundar hoje, sendo elas : Articulações de TORNOZELO E PÉ.

 

Essas estruturas  são compostas anatomicamente, por 26 ossos irregulares , 30 articulações sinoviais, mais de 100 ligamentos e 30 músculos atuantes.

Todas essas articulações devem atuar de forma harmoniosa para que os movimentos sejam feitos com êxito e suaves, mas dentre todas as articulações ditas acima, três delas são onde os principais movimentos são realizados: TALOCRURAL, TALOCALCÂNEA, TRASVERSO DO TARSO.

A articulação talocrural é formada por duas articulações tibiofibular distal, que forma uma estrutura côncava pela junção de duas projeções ósseas que são os maléolos medial e lateral, entre essas pinças fica o osso tálus que se articula com a tíbia (articulação tibiotalar).

A articulação talocrural é uma articulação em gínglimo (dobradiça), que realiza o movimento de flexão plantar (45º à 50º) e dorsiflexão (15º à 20º). Já as articulações talocalcânea e tranversa do tarso trabalham em sincronia para gerar os movimentos de pronação (eversão, dorsiflexão e abdução) e supinação (inversão, flexão plantar e adução) ambos gerados por movimentos triplanares, a tranversa do tarso se forma através de duas articulações também calcanêocubóide e talocalcâneonavicular, que além de participar dos movimentos que a talocalcânea faz ela têm como principal importância absorver os movimentos de rotações impostos pela tíbia, para facilitar tanto no travamento do joelho quanto no destravamento sem precisar de auxílio do quadril.

Agora que entendemos um pouco da função das articulações, podemos entrar em nos arcos de sustentação do pé que é dividido em três: arco longitudinal medial, arco longitudinal lateral e arco transverso.

O arco longitudinal medial é formado calcâneo, tálus, navicular, coneiformes e os três primeiros metatarsais, esse arco tem a funcionalidade de dissipar impactos em reação com o solo, basicamente esse arco não tem contato com solo somente em caso pronação do pé.

Já o arco longitudinal lateral formado por calcâneo, tálus, cubóide e quarto e quinto metatarsais, a função desse arco é sustentação até porque ele é o que fica mais em apoio no solo durante a marcha e ortostatismo e pra finalizar o arco transverso que se situa na região do mediopé e tem um papel importante no auxílio de sustentação de peso.

Porém para se manterem firmes os arcos precisam de sustentação, o longitudinal lateral conta com um coxim gorduroso, que serve como uma “almofada” para ajudar a absorver o impacto sofrido naquela região e na sustentação de peso, já o arco longitudinal medial e o transverso é sustentado com ligamentos, o osso navicular que através da altura que ele se localiza o pé pode ficar plano (navicular deprimido) ou cavo (navicular elevado) e outro sustentador é a aponeurose plantar que é um tecido semelhante aos ligamentos, porém mais espesso e alargado.

A aponeurose é um tecido que é facilmente irritável quando se tem movimento excessivos de tornozelo distendendo esse tecido e o deixando retraído elevando o arco ainda mais, através desse tecido podemos classificar o pé também como rígido ou hipermóvel.

O pé rígido por elevar o arco diminui a superfície de contato com o solo e fazendo com que absorva menos tensões geradas pelo impacto com o solo, aumentando as possibilidades de lesões por pressão nas articulações adjacentes e lesões tensionais (fascíte plantar ou inflamação da aponeurose plantar), o pé hipermóvel faz com que durante o contato do pé ao solo o arco desabe também o tornando suscetível a lesões, por exemplo, a síndrome do tibial anterior/canelite, que pode gerar como conseqüência uma inflamação no periósteo devido à tensão pelo mecanismo de instalação da canelite e gerar uma periostite, além de gerar também outras disfunções como o surgimento do valgo dinâmico, que como já citamos nas ultimas postagens  e que gera complicações nas articulações de joelho e quadril.

Na dúvida de qualquer coisa sobre o assunto que não foi aprofundado nessa postagem, dê uma olhada nas nossas postagens anteriores ou entre em contato conosco e podemos passar o material de estudo, pra que você posso retirar qualquer dúvida, continue nos seguindo e de olho nas nossas postagens.

 

 Abraços.

Dr. Renan Justino

 

REFERÊNCIAS

 

– Hammil J, Knutzen KM, Derrick TR. Bases Biomecânicas do Movimento Humano. 4ª Edição. Barueri: Ed. Manole, 2016. Pág 217- 242.

 

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Um comentário em “Como os tipos de pisada influenciam na marcha e na corrida?

  • 15 de janeiro de 2021 em 20:51
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    solicito la cotizacion de 2 pares de plantillas SUPINADORA RCO ALTO para mujer del numero 23 centimetros para envio a la CiudAd de México

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