Atuação do Fisioterapeuta na Unidade de Terapia Intensiva

 

mobilização-precoce

Olá pessoal como vai?

Hoje vamos iniciar mais um tópico na coluna de Fisioterapia Intensiva.

E hoje levo a uma reflexão a vocês: você realmente sabe o seu papel como profissional dentro da Unidade de Terapia Intensiva?

Você deve me responder: Claro! Pois bem, vamos lá!

De acordo com o Coffito temos como definição de Fisioterapia da seguinte maneira: É uma ciência da saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações genéticas, por traumas e por doenças adquiridas, na atenção básica, média complexidade e alta complexidade.

Da definição acima um conceito define de forma ampla a Fisioterapia: o conceito de cinético funcional. Conceito formado por um adjetivo que nos diz: Relativo ao movimento.

Desta maneira podemos concluir que a Fisioterapia se baseia em MOVIMENTO, seja ele de órgãos , sistemas, como o sistema musculoesquelético que nos promove nossos movimentos pertinentes ao nosso dia a dia.

 

E agora podemos levar este conceito dentro das nossas unidades de terapia intensiva que é definida como : Unidade de Tratamento Intensivo que se destina a cuidar e monitorar o estado vital dos pacientes de modo contínuo. Assim estamos trabalhando em um local onde a vida é a prioridade de todos os profissionais envolvidos neste ambiente.Antigamente nas UTIs os indicadores importantes eram apenas de vida x morte.

Hoje temos o conceito mais amplo de qualidade de vida e sobrevivência. Assim os pacientes devem sobreviver, porém da melhor maneira possível.

Diante destas definições conseguimos entender que nosso papel relaciona-se ao MOVIMENTO, seja ele executado no sistema cardiopulmonar gerando melhor movimentação e auxilio desses órgãos,através da Ventilação mecânica Invasiva ou não invasiva e exercícios respiratórios, como no músculo esquelético gerando FUNÇÃO.

 

O conceito de VM já é bem definido quando ao manejo do fisioterapeuta, o oposto do conceito de função. Segundo os trabalhos, pacientes que se internam na UTI demoram de 1 a 2 anos para se recuperarem nas suas atividades de vida diárias mediante ao seu período de internação.

A Polineuropatia do doente crítico ocasionada pelo período de internação e exposição neste tempo, ocasiona perda de funcionalidade e alterações de fibras do tipo i e tipo 2.

Pode ser definida como fraqueza generalizada após a instalação de doença crítica;

2. fraqueza difusa, que envolve tantos músculos proximais quanto distais, simétrica, flácida e que geralmente poupa nervos cranianos;

3. escore MRC menor que 48 pontos, visualizados em duas ocasiões distintas, separadas por 24 horas;

4. dependência da VMI;

5. outras causas de fraqueza muscular excluídas.

Mediante a esse quadro, nós como Fisioterapeutas ou futuros fisios devemos relembrar esses conceitos e o verdadeiro poder e postura que devemos tomar dentro das Unidades Hospitalares.

Atualmente existem diversos aparelhos e dispositivos que nos auxiliam nessa caminhada, como cicloergometros, guinchos, pranchas ortostáticas, além dos velhos pesos e therabands da faculdade.

 

Assim, porque não iniciamos o trabalho muscular como prioridade dentro das UTIs? Porque não sentar, ou realizar ortostatismo neste período, visando metas a curtos e longos prazos como deambulação e reinserção dos pacientes na sociedade? Vamos refletir..

E assim termino nosso primeiro tema com essa reflexão: Será que estamos tomando e assumindo realmente nossas funções no ambiente hospitalar ou nos tornamos repetidores de técnicas e manejos apenas da Fisioterapia respiratória?

Até a próxima. Aguardo vocês.

Tamires Jeremias.

Referênicas:

1. Chiang LL, Wang LY, Wu CP, Wu HD, Wu YT. Effects of physical training on functional status in patients with prolonged mechanical ventilation. Phys Ther. 2006;86(9):1271-81.

2- https://www.coffito.gov.br/nsite/

3-Influência da mobilização precoce na força muscular periférica e respiratória em pacientes críticos

 

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