Você sabe o que é um linfoma ?

VAMOS COMEÇAR FALANDO UM POUCO SOBRE SISTEMA LINFÁTICO…

Resultado de imagem para linfoma

O sistema linfático ele é um sistema auxiliar do sistema venoso, ele reabsorve todo o líquido que sai das veias e que acaba sobrando no líquido extracelular, por isso que quando há uma falha do linfático ocorrem os edemas e linfedemas; porém ele possui outras funções, como a de defesa do nosso organismo.

O sistema linfático possui gânglios, que são denominados linfonodos, eles são considerados reservatórios de linfócitos, que agem contra todos os tipos de infecções.

Quando algum invasor (bactéria, fungo) entra em nosso organismo, eles passam pelos vasos linfáticos, sendo levados para os linfonodos onde são fagocitados pelos linfócitos.

MAS AFINAL, O QUE É O LINFOMA?

O linfoma é quando os linfócitos, mas comum do tipo B, começam a se multiplicar de forma desordenada, gerando clones com alteração de DNA, sendo estas células malignas, podendo se disseminar para tecidos adjacentes (como o mediastino). Existem dois tipos principais de linfoma: Linfoma de Hodgkin Linfoma de Não-hodgkin.

LINFOMA DE HODGKIN

 

Resultado de imagem para linfoma não hodgkint

Como o tecido linfoide está em todo o corpo, o linfoma de Hodgkin pode começar em qualquer lugar. Mais frequentemente o faz nos gânglios linfáticos, sendo os locais mais comuns os do tórax, pescoço e axilas. Na maioria das vezes, o linfoma de Hodgkin se dissemina de uma cadeia linfática para outra de forma ordenada por meio dos vasos linfáticos para os gânglios linfáticos.

O linfoma de Hodgkin clássico representa 95% dos casos da doença de Hodgkin em países desenvolvidos. As células cancerígenas no linfoma de Hodgkin clássico são denominadas células de Reed-Sternberg e são geralmente um tipo anormal de linfócito B. Os linfonodos aumentados em pacientes com linfoma de Hodgkin clássico geralmente têm um pequeno número de células de Reed-Sternberg e um grande número de células imunológicas normais circundantes.

O linfoma de Hodgkin clássico está subdivido em 4 subtipos:

 Esclerose nodular. Este é o tipo mais comum da doença. Ocorre principalmente em pessoas mais jovens, igualmente em homens e mulheres. Tende a começar nos linfonodos do pescoço ou tórax.

 Celularidade mista. Este é o segundo tipo mais comum e é visto na maior parte em adultos mais velhos. Pode começar em qualquer linfonodo, mas na maioria das vezes ocorre na metade superior do corpo.

 Predomínio linfocitário. Este subtipo ocorre geralmente na metade superior do corpo e raramente é encontrado em mais do que alguns nódulos linfáticos.

 Depleção linfocitária. Esta é a forma menos comum de doença de Hodgkin. É visto principalmente em pessoas idosas. A doença tem maior probabilidade de ser avançada, quando diagnosticada nos linfonodos do abdome, baço, fígado ou medula óssea.

Sinais e Sintomas:

• Aumento do volume dos gânglios linfáticos;

• Tosse, dificuldade para respirar, dor no peito;

• Distensão abdominal e/ou sensação de saciedade.

 

Diagnóstico:

• Hemograma;

• Radiografia de tórax;

• IRM

• Cintilografia óssea;

• TC com emissão de pósitrons (PET);

• Cintilografia por gálion.;

• Biópsia dos gânglios linfáticos. descontrolada e “contaminando” o sistema linfático.

Diferente do linfoma de Hodgkin, o LNH apresenta apenas células doentes.

O linfoma Não Hodgkin, são mais agressivos comparados aos de Hodgkin e possuem mais de 20 tipos de diferentes. Podem acometer não só linfonodos mais também áreas fora deles, como o tratogastrointestinal e cabeça e pescoço (25-30%) além de adenoide, amigdala e tonsila lingual (60-70%).

Sinais e sintomas:

Os mais comuns são:

· Aumento dos gânglios linfáticos sem dor (carocinhos, que geralmente aparecem na região do pescoço, virilha e axila);

· Febre e fadiga;

· Suor noturno;

· Perda repentina de peso;

· Aumento do volume no tórax e abdome;

· Tosse, falta de ar e dor na região do tórax; · Aumento do baço (também chamado de esplenomegalia).

DIAGNÓSTICO: • Biópsia Incisional Punção aspirativa por agulha fina Biópsia e Aspiração de MO Punção Lombar

• Exames de Imagem Radiografia de tórax TC RNM PET Scan

• Imunohistoquímico

• Citometria

• Citogenética

• Testes genéticos Moleculares

 

TRATAMENTO:

• QT (Agentes Alquilantes, corticoesteroides,platinas, analogos de purina);

• QT + Imunoterapia ( anti-corpo monoclonal rituximab);

• QT intratecal;

• Terapia Alvo;

• TCTH (dificil tratamento e/ou recidivantes) + altas doses de QT.

FISIOTERAPIA??

Para os cânceres do sangue, a fisioterapia visa preservar e restaurar a integridade funcional dos órgãos, sistemas e articulações do paciente, além de prevenir distúrbios causados pelo tratamento da doença e que podem comprometer sua mobilidade, como a diminuição da força muscular, redução dos movimentos, queda do condicionamento físico e, no caso de crianças, atraso no desenvolvimento motor.

A quimioterapia, radioterapia e transplante de medula óssea (TMO) podem deixar como herança algumas limitações, como dor persistente nos ossos, retrações e aderências de cicatrizes, encurtamento muscular, alterações respiratórias e falta de controle motor.

O acompanhamento com um fisioterapeuta pode proporcionar a melhora, ou até mesmo a cura, de tais problemas, por meio de exercícios físicos leves e outras técnicas, como a drenagem linfática, alongamento, eletroterapia e exercícios respiratórios.

No texto do próximo mês falaremos especificamento sobre o TMO e a atuação da fisioterapia…

Aguardeeem!Até logo

Dra. Pâmella Cipriano :)

Fontes consultadas: www.oncoguia.com.br www.abrale.com.br

 

MetodologiaPratica

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *