Qual a importância dos glúteos para lesões de Membros Superiores e Inferiores?
Existem evidências que comprovam a super importância destes estabilizadores de tronco, quadril e membros inferiores. Mas será que estas estruturas são tão importantes também para lesões de Membros Superiores? A resposta é sim! Os glúteos ganharam extrema relevância em pesquisas nos últimos 10 anos, profissionais e acadêmicos de todo o mundo passaram a estudar profundamente este grupo magnífico de estabilizadores dinâmicos que hoje sabemos que eles são tão bons para membros superiores quanto para membros inferiores.
Uma vez que o paciente apresenta desequilíbrio muscular em região de quadril, desalinhamento biomecânico, como por exemplo de rotação interna de fêmur e consequentemente um choque maior no labrum, adquirindo lesões no quadril, uma tensão e sobrecarga em região patelar e medial de joelhos ou um desalinhamento dos pés que pode gerar tensão por sobrecarga nos arcos plantares e ligamentos(estabilizadores estáticos), e além dessa visão estática podemos mencionar lesões que ocorrem quando movimentos funcionais, como sentado/pé, subir/descer escadas, deambular ou correr etc; se seu paciente tem fraqueza dos estabilizadores de quadril e tronco ele pode adquirir lesões por conta desses exercícios funcionais quando ocorrer o valgo dinâmico.
Uma vez que os glúteos (não são apenas eles os estabilizadores, mas agora estamos falando deles) estejam fracos, sem resistência, os MMSS não irão trabalhar com eficácia. Imaginemos que os glúteos, assim como os multifidos, transverso do abdômen…; sejam o que sustenta um prédio e os MMSS são os andares deste prédio, se a estrutura que estabiliza não está forte, quem vai garantir que toda ela não ceda(lesões)? Pacientes que apresentam lesões de ombro e apresentam limitação para flexão (por exemplo), experimentem deixar esse paciente em pelve neutra, ativar os estabilizadores de quadril e tronco e solicite o movimento, você verá que fez diferença e isso mostra a importância do alinhamento biomecânico, uma pelve alinhada, estabilizada, com boa resistência, força, faz toda diferença em seus casos clínicos e claro realizar o movimento sem compensações.
Muito cuidado em exercícios sem alinhamento biomecânico, ao invés de ajudar eles podem prejudicar! Um Fisioterapeuta que não entende de Biomecânica (claro que existem outras coisas que são extremamente necessárias) não tem respaldo suficiente para discutir um bom caso clínico.
Fonte: FanPage do Fisioteraloucos