Abordagem fisioterapêutica no derrame pleural parapneumônico.

raiox

O derrame pleural parapneumônico (DPP) ocorre durante o curso clínico de uma pneumonia ou abscesso pulmonar. Sua incidência é freqüentemente subestimada, podendo aparecer em cerca de 25% a 44% dos casos de pneumonias adquiridas na comunidade (PAC). Na maioria das vezes o quadro clínico do DPP se sobrepõe ao da PAC, sendo ele descoberto devido à realização da radiografia de tórax para o diagnóstico inicial ou avaliação da falta de resposta ao tratamento para a PAC.

A maioria desses derrames é resolvida com o mesmo tratamento antibiótico da PAC, e sua presença pode passar despercebida. No entanto, quando não ocorre a resposta habitual ao tratamento, o DPP pode aumentar de volume e evoluir com septações (denominados de DPP complicados) ou para empiema pleural.
Tratamento fisioterapêutico

No derrame parapneumônico há uma restrição ventilatória, que deve provavelmente à dor pleurítica e ao comportamento do diafragma que, por estar contíguo a um processo inflamatório diminui sua movimentação (o diafragma entra em desvantagem mecânica de suas fibras musculares, devido à pressão do líquido pleural aumentando, mudando a morfologia de suas cúpulas tornando-o horizontalizado).

As condutas fisioterapêuticas utilizadas são:

– Decúbitos seletivos (facilita a dinâmica diafragmática)
– Compressão e descompressão (mobilização relativa da região torácica comprometida)
– Vibração (permite interferir na organização do derrame e facilitar sua absorção)
– Manobrar de desobstrução brônquica (mantém permeáveis as vias respiratórias, melhorando a ventilação alveolar)
– Cinesioterapia respiratória (maior mobilização das estruturas do tórax)

A orientação domiciliar deve completar o tratamento. Nos pacientes internados esse acompanhamento é mais fácil de ser seguido e consta de orientações para mudanças rigorosas de decúbitos, dormir com o lado afetado livre de pressões posturais e manutenção regular dos exercícios de reexpansão.

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