ABORDAGEM AO CARDIPATA – BARREIRAS PARA REABILITAÇAÕ CARDIACA ( ESCALA )
Doenças cardiovasculares são líderes em causas de mortalidade em todo mundo, com mais de 80% de mortes por doença cardiovascular ocorrendo em baixa e média renda, assim com em países que oferecem menos acesso ao tratamento corporativo, incluindo bem como complemento a um programa ambulatorial de prevenção secundária.
No entanto, dado o reconhecimento o ônus das doenças não transmissíveis, tais como doenças cardiovasculares em países de baixa e média renda a Reabilitação Cardíaca (RC) – programa multidisciplinar de tratamento com foco na prevenção secundária3 – diminui efetivamente o risco cardíaco, reduz significantemente a recorrência de eventos cardíacos, aumenta a qualidade de vida dos pacientes4 e reduz a mortalidade. Ensaios controlados randomizados e meta-analises mostraram que a participação em RC diminui a morbimortalidade em aproximadamente 25%.
Em estudos analisando programa de reabilitação através de uma escala canadense (CRBS – Cardiac Rehabilitation Barriers Scale), que avalia as crenças e incorpora apenas algumas barreiras apontadas pela literatura e é aplicada apenas à aderência, e não à participação na RC, validada em duas línguas (inglês e francês).
Com o objetivo de avaliar as barreiras à participação e aderência aos programas de RC em relação a fatores do paciente, do profissional de saúde e do sistema. A escala CRBS pode ser utilizada para examinar os motivos que levam os pacientes com problemas cardiovasculares a não realizarem programa de reabilitação cardíaca, mesmo quando esse tratamento é indicado por profissionais de saúde.
Países árabes, assim como Canadá e Brasil aderiram ao CRBS, apresentando barreiras variadas para reabilitação cardíaca, como a questão sociodemográfico (idade, sexo, baixa renda, baixo e ou alto nível educacional, pouco e ou acesso/formação escolar e universitário, sedentarismo, doenças cardíacas associadas e outras comorbidades, politicas de saúde, baixa condição de saúde pública, falta ou ausência de transporte, ausência informativa aos cuidados médicos e preventivos para reabilitação cardíaca, desigualdade ao acesso a saúde e outros).
Em um estudo brasileiro desenvolvido no Sul do país, Grande Florianópolis, no Estado de Santa Catarina. A amostra foi composta por 173 pacientes, sendo 48 mulheres. Em relação ao tratamento, 139 eram participantes de programas de reabilitação cardíaca e 34, pacientes de ambulatório. Em relação às médias dos escores totais, as barreiras à reabilitação cardíaca foram significantemente maiores entre os pacientes ambulatoriais do que entre os pacientes já em Reabilitação Cardíaca.
E você qual seria os motivos apontados para a baixa participação e aderência aos programas de RC que estão descritos na literatura como barreiras, podendo ter caráter pessoal (paciente), profissional (equipe multidisciplinar) ou público (sistema)?
Até a próxima! Dr. Moises Oliveira
Segue o Link do CRBS versão em português;
http://www.yorku.ca/sgrace/crbarriersscale/documents/CRBS_Portuguese_version.pdf
Bibliografia
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2012000400009