Tratamento Fisioterapêutico de 1 a 3 vezes na semana mostrou-se eficaz em pacientes com DPOC.

13 Apr 2012 --- Doctor examing patient with stethoscope. --- Image by © Hero/Corbis

Um estudo promovido pelo Departamento de Clínica Médica da UNICAMP mostrou que o tratamento fisioterapêutico associado aos exercícios domiciliares melhorou a qualidade de vida de pacientes com diagnóstico de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica moderada-grave.

No estudo, foram avaliados pacientes com diagnóstico de DPOC moderado-grave, classificada de acordo com os critérios definidos pelo GOLD ou com asma moderada-grave, diagnosticada por meio das condições clínicas e segundo o III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma. Foram incluídos os pacientes estáveis clinicamente, que não apresentavam doenças cardiovasculares, osteoarticulares ou outras co-morbidades, cuja gravidade os impossibilitasse de realizar seguramente os exercícios propostos.

O programa de fisioterapêutico-treinamento foi feito em grupos de duas a quatro pessoas, com a realização de exercícios respiratórios, aeróbios e de fortalecimento. O protocolo teve duração de 12 semanas, com freqüência de uma vez por semana no Ambulatório de Fisioterapia Respiratória do hospital, sendo associado com exercícios domiciliares outras duas vezes na semana. Cada sessão supervisionada no ambulatório teve duração média de uma hora e 15 minutos e constituiu-se da seguinte forma:

• 10 minutos de alongamentos globais;

• 10 minutos de reeducação diafragmática contra-resistida (pesos de 1kg);

• 5 minutos de exercícios abdominais;

• 15 minutos de exercícios calistênicos de MMSS;

• 15 minutos de exercício resistido de MMSS na diagonal primitiva;

• 15 minutos de treinamento físico alinear em bicicleta ergométrica da marca Funbec®;

• 5 minutos de relaxamento.

Com relação aos exercícios domiciliares, era fornecido ao paciente um Manual de Orientações quanto à forma de realização e número de repetições de cada um deles. Esses eram de simples execução e exigiam materiais de fácil acesso. Os tipos de exercícios e número de repetições eram semelhantes aos executados durante as sessões supervisionadas de fisioterapia no ambulatório, com exceção do treino aeróbio em cicloergômetro, que foi substituído por caminhada ao ar livre durante 15 minutos.

O estudo concluiu que o tratamento fisioterapêutico voltado para a recuperação pulmonar uma vez por semana, associada com exercícios domiciliares, melhorou a qualidade de vida e promoveu incrementos nas pressões respiratórias máximas em portadores de doença pulmonar obstrutiva.

Artigo na integra: http://www.scielo.br/pdf/rbfis/v11n6/v11n6a09.pdf